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domingo, 25 de março de 2012

Nosso lugar no Universo

Por Joaquim Maia Neto

Em meados de 1982 a Rede Globo exibiu um documentário, produzido nos EUA dois anos antes, que viria a influenciar milhares de jovens pelo Brasil afora, como fez em outras partes do mundo no qual foi exibido. “Cosmos”, uma série em 13 capítulos produzida e apresentada pelo brilhante astrônomo Carl Sagan, foi uma exitosa produção que popularizou o conhecimento astronômico, até então inacessível para o público leigo.
À época não eram comuns os documentários que hoje pipocam em diversos canais fechados e também na TV aberta. Para um garoto de dez anos como eu era muito difícil ter acesso a informações científicas. Não havia internet. O mundo era muito diferente.
Aquela série abriu, para os garotos da minha idade, uma janela voltada a um universo muito mais amplo do que aquele que os nossos sentidos poderiam nos mostrar. O talento comunicativo e a didática de Sagan tornavam fácil o entendimento básico de como é o Universo e maravilhavam o espectador defrontado com a vastidão cósmica.
A partir de “Cosmos” eu comecei a ver o mundo de outra maneira e acredito que isso aconteceu com muita gente. Desde então, cada vez que olhava o céu só conseguia pensar em como somos pequenos diante da imensidão de tudo o que existe além do nosso planeta. A consciência de quão inóspito é o ambiente fora da nossa esfera azul leva à reflexão de que não temos outro lugar. Se continuarmos agredindo o planeta a ponto de degradar as condições que dão sustentação à vida, não teremos para onde correr.
Imagem da Sonda Voyager 1 mostrando a Terra,
a 6,4 bilhões de Km, como um pálido ponto azul
Em 1990 a sonda espacial Voyager 1, no final de sua peregrinação pelo Universo, tirou uma fotografia da Terra a uma distância de 6,4 bilhões de quilômetros. Nosso planeta aparece como um pequeno ponto pálido em meio a um fundo pontilhado por astros distantes. Essa imagem levou Carl Sagan a fazer muitas reflexões a respeito da nossa existência, que foram compiladas no livro “Pálido Ponto Azul: uma visão do futuro da humanidade no espaço”, publicado em 1994.

Não vou aqui dizer o que Sagan já disse, até porque eu não poderia nem mesmo me aproximar da maneira emocionante com a qual ele escrevia e debatia um assunto aparentemente tão técnico com uma linguagem bem humorada e empolgante. O vídeo abaixo é uma pequena síntese do que significou para Sagan aquela simples imagem da Terra, muito diferente das que nos habituamos a ver.
Não há como não sentir um frio na espinha, um receio, certa inquietação ao saber que somos praticamente irrelevantes diante da grandeza do Universo. O que são as nações diante desse contexto? Por que há líderes que cometem atrocidades para dominar esse pontinho quase imperceptível, ou uma fração dele? Para que serve nossa arrogância? Somos algo mais do que poeira estelar? Há alguém nos observando, olhando por nós, preocupado conosco? Tudo aquilo a que damos valor, as pessoas que amamos ou não gostamos, o que temos ou o que desejamos, nossos sonhos, nós mesmos, tudo está nesse minúsculo ponto e a 6,4 bilhões de quilômetros não é possível ver nada disso. Na imagem, não há qualquer vestígio da nossa existência.
A história da humanidade, bilhões de anos de evolução biológica, guerras, descobertas científicas, tragédias, tudo aconteceu numa minúscula partícula que vaga em meio a uma infinidade de planetas, estrelas, energia, gás, etc. Todos os que um dia conhecemos ou viremos a conhecer fizeram desse pequeníssimo mundo seu lar. Um torrão de rocha e metal, quase imperceptível é onde estamos confinados e é tudo o que temos para compartilhar com 7 bilhões de pessoas e todos os outros seres vivos que aqui estão.
Deve haver alguém em algum outro grãozinho desses muitos que, assim como a Terra, estão em algum canto do Universo, mas isso não importa. O fato é que só temos o nosso ponto pálido e temos que cuidar dele, mantendo-o habitável, confortável e justo até o dia em que nossa espécie deixar de existir, o que certamente ocorrerá muito antes que este mundo seja engolido pela estrela que nos fornece a energia vital. Essa é uma das lições da imagem da Voyager.
 A astronomia é uma lição de humildade que Carl Sagan conseguiu levar para além do mundo acadêmico. Nada  justifica agir como estamos agindo. Não há ser humano que possa ser considerado melhor que outro. Somos infinitamente pequenos e efêmeros diante do tamanho e do tempo de existência do cosmo ao qual pertencemos. Verdadeiramente um pó, organicamente estruturado pelo curto tempo de existência de nossa vida física.


domingo, 18 de março de 2012

As mudanças no Código Florestal Brasileiro: exemplo de retrocesso e falta de compromisso com o futuro*


Por Joaquim Maia Neto

O Brasil é o segundo país do mundo em extensão territorial coberta por florestas nativas, com mais de 519 milhões de hectares, ficando atrás apenas da Rússia. Cerca de 62 por cento do território brasileiro ainda é naturalmente florestado. A biodiversidade brasileira, intimamente associada às florestas, é uma das maiores do planeta. Toda essa riqueza é responsável pela prestação de importantíssimos serviços ambientais.
O atual Código Florestal Brasileiro data de 1965 e surgiu da necessidade de aperfeiçoamento da legislação anterior. Em vigor há 46 anos, foi melhorado por leis e medidas provisórias durante as três últimas décadas, sempre no sentido de adequar a política de conservação ambiental ao contexto atual. Leia mais...

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Lea el artículo completo en español.
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*Publicado originalmente no site da  Regional Latinoamericana de la Unión Internacional de Trabajadores de la Alimentación, Agrícolas, Hoteles, Restaurantes, Tabaco y Afines (Rel-UITA) - http://www.rel-uita.org

terça-feira, 13 de março de 2012

Notícia: Atlas de Espécies Ameaçadas em Unidades de Conservação

O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - ICMBio, órgão vinculado ao Ministério do Meio Ambiente, está atualizando o Atlas de Espécies Ameaçadas em Unidades de Conservação. O Atlas sistematiza informações de diferentes fontes científicas, contribuindo para apontar caminhos para a melhoria da gestão de nossas Unidades de Conservação e para o planejamento da conservação das espécies da fauna e da flora ameaçadas.
Para ampliar a participação das comunidades científica e acadêmica na confecção do novo Atlas, o ICMBio, po rmeio da sua Coordenação Geral de Manejo para Conservação (CGESP), lança em seu site uma Consulta Pública, onde o pesquisador e/ou acadêmico da área de ciência sbiológicas, ambiental, florestal, zoologia, entre outras, poderá contribuir fornecendo dados sobre o registro de espécies ameaçadas encontradas dentro dos limites das Unidades de Conservação federais, adicionando assim informações inéditas à base de dados.
São dois questionários, um para a FAUNA e um para a FLORA. O prazo da Consulta é até 13 de abril de 2012.
A primeira edição do Atlas, que foi lançada em abril de 2011 está disponível em: http://www.icmbio.gov.br/portal/images/stories/documentos/Atlas-ICMBio-web.pdf

domingo, 11 de março de 2012

A insuficiência das mudanças individuais

Por Joaquim Maia Neto
A luta ambientalista deve ser travada em várias frentes. A máxima “pensar globalmente e agir localmente”, consagrada a partir da Rio 92 com a Agenda 21, sinaliza uma dessas frentes. Isso não quer dizer que as ações globais, como aquelas atualmente discutidas acerca das mudanças do clima, para citar um exemplo, devam ser abandonadas.
Fazendo um paralelo sobre a discussão das ações globais e locais, convém refletir sobre a dualidade entre ações individuais e coletivas, ou sobre ações pontuais e estruturais.
Tornou-se moda reduzir a discussão às atitudes individuais. Muitos alegam que se cada um fizer a sua parte, o mundo será melhor, o que não deixa de ser verdade. Assim, procura-se levar as pessoas à consciência de que devem comprar produtos produzidos de maneira sustentável, economizar água, deixar o carro em casa, não comprar animais silvestres, etc. Tudo isso é muito importante e deve-se continuar trabalhando fortemente para que as
 pessoas continuem mudando seus hábitos e para que se crie uma geração com um padrão de comportamento no qual as decisões individuais são baseadas no interesse coletivo. Porém isso é absolutamente insuficiente para fazer frente à crise ambiental pela qual o mundo está passando.
Fonte: http://www.coletivoverde.com.br/
A crença de que reverteremos a marcha para o colapso ambiental apenas com atitudes individuais é inerente a um único discurso, mas tem origem em duas formas distintas de pensamento. A primeira delas é extremamente ingênua. Parte do pressuposto de que se as pessoas individualmente mudarem seus hábitos, o mercado irá se adaptar a formas de produção e consumo mais sustentáveis e tudo ficará bem. Esse pensamento, na sua concepção mais romântica, defende que não se deve regular rigidamente o mercado, impor sanções aos agentes econômicos ou responsabilizar o capital pela degradação ambiental, pois esta só acontece porque há ávidos consumidores dispostos a consumir os bens, produtos e serviços gerados por formas de produção insustentáveis. Se há desmatamento na Amazônia, é porque há consumidores de carne proveniente de boi pirata. Se há garimpo de ouro contaminando os rios com mercúrio, é porque há pessoas dispostas a adornar seus corpos com jóias feitas com o precioso metal, e por aí vai... Nessa linha as ações, principalmente educativas, deveriam ser focadas no consumidor, que é quem financia a cadeia produtiva.
 A segunda linha de pensamento adota o mesmo discurso, porém com motivação que de ingênua não tem nada. Corporações e grupos econômicos altamente organizados movimentam-se ativamente para jogar toda a responsabilidade nos ombros do consumidor. Esses grupos até modificam algumas de suas atitudes no sentido de adotar padrões de produção mais amigáveis ao meio ambiente, desde que o consumidor esteja disposto a pagar por eles. Exemplos estão por toda a parte. Inúmeras indústrias lançam linhas de produtos sustentáveis com altos preços, voltados a uma elite que pode pagar para aliviar sua consciência, enquanto produzem, muitas vezes nas mesmas plantas industriais, os produtos tradicionais oriundos de sistemas produtivos ambientalmente agressivos, com preços que só são baratos porque socializam o custo das externalidades negativas com toda a sociedade, enquanto o lucro é apreendido pelo fabricante.
Quero deixar claro que sou adepto das mudanças individuais de atitude, mas isso jamais resolverá o problema isoladamente. Quem acredita nas mudanças apenas pela via individual desconhece ou desconsidera complexos mecanismos econômicos ou de marketing que colocam o consumidor em condição infinitamente desvantajosa em relação ao produtor.
Milhões (em qualquer que seja a moeda) são gastos em campanhas publicitárias altamente técnicas, que dispõem de assessoramento psicológico e neurolinguístico para criar falsas necessidades nas mentes do consumidor. Há uma enorme assimetria de informações entre quem produz – e vende – e quem compra e consome. O poder econômico é extremamente diferente em cada um dos lados da balança. Por mais consciência que tenha um trabalhador que ganha salário mínimo ou pouco mais que isso, continuará escolhendo os produtos mais baratos, mesmo se for mostrado a ele que o custo da degradação que não foi internalizado no preço do produto será pago por ele próprio de outras formas.
Em alguns setores o mercado é tão concentrado, que não há opções para a aquisição de produtos ou serviços ambientalmente corretos. Tente, por exemplo, comprar um salgadinho de milho ou uma ração de cachorro que não seja produzida com vegetais transgênicos. Tente comprar produtos em embalagens retornáveis.
A regulação ambiental, assim como qualquer regulação econômica, é fundamental para o enfrentamento do problema. A crise financeira de 2008 demonstrou ao mundo que o mercado não se auto-regula. Se o Estado não cumprir o seu papel de interferir na sociedade usando suas prerrogativas no sentido de promover o equilíbrio, imperará a “lei do mais forte”. E cabe à sociedade organizada exigir essa postura dos entes estatais, pois o Estado não é isento da pressão exercida pelos atores econômicos. Quantas instituições públicas estão capturadas por interesse privados? É necessário que os movimentos sociais se organizem e também pressionem o Estado.
Da mesma forma que os supermercados aboliriam as sacolinhas plásticas se os consumidores as rejeitassem, os consumidores também se adaptariam caso os supermercados deixassem de fornecê-las. Mas o comércio não faz isso porque não interesse a ele. Aí é que entra o papel do Estado.
Responsabilizar o lado mais fraco e menos organizado pela crise ambiental é um grande equívoco, pois não há qualquer eficácia nessa prática. Guardadas as devidas proporções, seria o mesmo que prender todos os usuários de drogas, ou interná-los, ou ainda quem sabe tentar convencê-los de abandonar seu vício, abrindo mão de combater o tráfico. Já pensou se o IBAMA contratasse uma legião de fiscais para percorrer cada casa verificando se há madeira ilegal nas construções, ao invés de combater o desmatamento e fiscalizar as madeireiras?
A crise ambiental é, sobretudo, uma crise do capitalismo e apesar das ações individuais e educativas serem muito importantes, não haverá solução se o problema não for atacado em sua raiz, o que pode ser conseguido apenas com uma ação estatal motivada pela mobilização social, voltada a colocar o interesse público acima dos interesses privados.

domingo, 4 de março de 2012

Reflexões de um ambientalista

Por Joaquim Maia Neto
Ser ambientalista no Brasil não é fácil. É necessário um esforço enorme para buscar esperança, motivação e expectativa de avanços, evitando dessa forma o esmorecimento. A fantástica biodiversidade do país é sem dúvida uma grande incentivadora de milhares de pessoas que enveredam de diversas maneiras pelo caminho da proteção da natureza. Para quem já tem uma predisposição pela causa, a contemplação da exuberância da fauna, flora, paisagens naturais e processos ecológicos que brindam nosso país com uma riqueza única, é algo que incentiva fazer alguma coisa, dedicar algum tempo para conservar as diversas formas de vida e o ambiente que as sustenta. Outra motivação comum para a luta ambiental é a indignação despertada em nós quando vemos a degradação acelerada motivada pelo poder do dinheiro.
Foi justamente a riqueza da nossa biodiversidade que me levou, logo cedo, a ser um apaixonado pela natureza. Percebendo minha vocação minha mãe já me presenteava, quando ainda criança, com livros que descreviam espécies animais e vegetais de todo o mundo. Eu achava muito interessante saber que ao meu redor era possível observar uma diversidade maior do que aquela retratada nas obras originalmente publicadas no velho mundo ou na América do Norte. Uma breve incursão numa mata, em companhia do meu pai, me permitia observar mais espécies de aves do que as que eu encontrava nos capítulos sobre os ambientes da Europa, por exemplo.
Sendo um garoto caipira, do interior, era natural frequentar os ambientes aquáticos continentais. As pessoas se divertiam nadando ou pescando nos rios, córregos e represas. Logo a ictiofauna me despertaria grande interesse. Numa época na qual as crianças viviam “soltas”, desconectadas da parafernália eletrônica que ainda não dominava os lares, eu passava várias horas do dia “batendo peneira”, tentando identificar os espécimes de peixes. Muitos deles eram capturados por mim e passavam a viver nos meus aquários. Foi assim que tudo começou. O aquarismo, que me levava a fazer até algumas bobagens, como retirar os bichos do seu hábitat, foi importante para trazer o conhecimento de como a natureza funcionava e de quão bela ela é na sua “simplicidade complexa”. O palco das minhas primeiras aventuras ictiológicas foi o Córrego Canela, que hoje não passa de um canal de drenagem encravado na região central de uma São José do Rio Preto que há muito deixou de ser bucólica.
Quando me dei conta de que minha vida jamais se afastaria das questões ambientais, já estava na universidade estudando biologia. Desde então pude experimentar várias maneiras de viver o ambientalismo. O engajamento nos movimentos sociais, políticos e religiosos sempre foi direcionado, senão totalmente, em boa medida para a discussão e defesa do meio ambiente. Tentei de alguma forma contribuir ensinando, pesquisando, debatendo, educando, votando e acima de tudo procurando dar exemplo. O serviço público me permitiu durante um bom tempo ganhar a vida defendendo o meio ambiente, mas dentro da máquina pública é preciso muitas vezes brigar para conseguir fazer o que deve ser feito e nem sempre se sai vitorioso nessa briga. Escrever foi uma forma que encontrei para ter mais armas na batalha ambientalista.
Apesar de não parecer, o ambientalista é essencialmente um otimista. Só continua lutando porque acredita que ainda é possível salvar um sítio natural, um ecossistema, uma espécie, um bioma, o planeta. Porque crê na mudança da sociedade e do comportamento das pessoas. Muitos enxergam os ambientalistas como os cavaleiros do apocalipse que estão sempre prontos a anunciar a tragédia ambiental, o caos, o fim do mundo. Se não fôssemos otimistas, seria mais cômodo aproveitar o que resta do mundo, obtendo o máximo conforto enquanto isso é possível. Ao contrário, preferimos deixar a zona de conforto e lutar pelo futuro.
Hoje eu iria escrever sobre a Política Nacional de Resíduos Sólidos, uma lei publicada no final do Governo Lula e que, a exemplo da Política Nacional sobre Mudança do Clima, abordada no artigo anterior, é uma das coisas positivas que recentemente aconteceram no Brasil e que fazem parte do rol de assuntos motivadores a alimentar os ideais dos que lutam por um ambiente mais equilibrado. Infelizmente, por ironia do destino, enquanto eu rascunhava um esboço de texto sobre resíduos, recebia a notícia de um novo carregamento de lixo importado que chegara ao Porto de Itajaí. Eu já havia escrito sobre esse tipo de problema alertando que essas importações poderiam ser mais comuns do que se pensa, pois uma amostra pequena dos containeres é conferida pelos fiscais. A nova importação de lixo, dessa vez proveniente do Canadá, teve um espaço na mídia muito inferior aos casos anteriores, o que é típico de algo que se torna comum. A triste notícia e mais a expectativa da votação do desmonte do código florestal na próxima terça-feira na Câmara dos Deputados, levaram-me a publicar estas reflexões ao invés da discussão sobre os resíduos.
Não importa quantas batalhas sejam perdidas, haverá sempre alguma vitória, ainda que pequena, que mostra que a luta vale a pena. Uma notícia de redução de desmatamento, a publicação de uma lei que facilite a equação de um problema ambiental, a criação de uma unidade de conservação, um movimento organizado de defesa de um bem ambiental, uma vitória do Ministério Público na defesa dos direitos difusos, uma geração mais consciente, todos são motivos para renovar as esperanças. A necessidade de deixar de destruir, de poluir menos, de respeitar a natureza é cada vez mais evidente. Até quem não quer ver será obrigado a abrir os olhos. Fenômenos como os tufões que varreram cidades americanas do mapa na semana passada são cada vez mais frequentes. Está difícil dissociar essa constatação de sua mais provável causa, que são as mudanças do clima. As ações do homem terão que convergir para a equação dos problemas ambientais, cujo caminho é uma relação mais harmoniosa com a natureza. Portanto, não há como os ideais ambientalistas não prevalecerem.  Nós ambientalistas, sabemos disso, mas lutamos ainda assim para que a solução chegue o quanto antes. Assim, quem sabe, as sequelas serão menores.