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domingo, 8 de janeiro de 2012

O mistério dos "crop circles"

Por Joaquim Maia Neto
Todos os anos surgem em alguns países da Europa complexas figuras geométricas desenhadas em plantações de canola, centeio, cevada, milho e trigo. Realizados em frações de segundos, geralmente durante grandes chuvas ou nevoeiros, tais fenômenos são abundantes na Alemanha, Bélgica, Itália e Reino Unido. São conhecidos como “crop circles” (círculos nas plantações).
Desde os anos 80 os “crop circles” são objetos de estudo de biólogos, matemáticos, ufólogos, físicos, matemáticos, astrônomos, entre outros cientistas e até hoje não há uma explicação científica conclusiva para a ocorrência dessas verdadeiras esculturas empreendidas nas plantações.
Um complexo de círculos com 240 m de diâmetro,
 composto de 409 círculos, localizado em Milk Kill,
 Inglaterra, 2001. Fonte: Wikipedia
Os desenhos fascinam pela forma, beleza, complexidade, dimensão e perfeição. Um ponto convergente entre os diversos estudos sobre o tema é a conclusão de que a grande maioria dos desenhos é feita sem qualquer intervenção humana. Análises demonstram que os vegetais afetados parecem ter sido aquecidos e a composição do solo no local das misteriosas esculturas difere daquela encontrada em outros locais muito próximos.
A humanidade sempre conviveu com fenômenos para os quais não encontrava explicação científica. Diante de tais eventos é comum atribuir explicação sobrenatural ao fato. Especulações de toda a sorte são feitas quando não se consegue explicar cientificamente dado fenômeno. Na realidade não existe nada sobrenatural. O que ocorre é que existem leis naturais que regem todo o universo, mas a percepção humana ainda não alcança a plenitude dessas leis. Nada deixa de ser governado por elas. Estudando fenômenos do passado e suas explicações empíricas e especulativas da época, torna-se fácil desmontar tais explicações com base em comprovações científicas recentes. O que nos impressiona na atualidade é o fato de não conseguirmos responder questões colocadas por fenômenos naturais em plena era tecnológica na qual vivemos. Assim como a humanidade consegue hoje explicar a causa de eclipses, abalos sísmicos, erupções vulcânicas, modificações nas espécies, entre outros fenômenos naturais considerados misteriosos no passado, em um futuro próximo conseguiremos explicar os “crop circles” e outros fenômenos, como a origem do universo, a ocorrência de OVNIs, outras dimensões espaciais, além dos misteriosos poderes da mente humana e da consciência que interferem nos rumos de nossas vidas.
O fato de haver explicações para tudo à luz das leis naturais não significa que o universo é limitado ao que conhecemos. Da mesma forma que utilizamos muito pouco da nossa capacidade intelectual, também conhecemos uma fração pequena do que ocorre na natureza. Buscar explicações para os fenômenos naturais não significa ser cético e desprezar conhecimentos milenares de culturas antigas e interpretações religiosas, místicas, esotéricas ou espirituais. Ao contrário, essas interpretações devem levar ao aprofundamento dos estudos visando o maior conhecimento da natureza e da mente humana. Casos de sintonia entre ciência e conhecimentos tradicionais são encontrados frequentemente na medicina, por exemplo, confirmando cientificamente a eficácia de tratamentos alternativos, a existência de princípios ativos em plantas utilizadas por povos tradicionais, a influência do estado mental no organismo, entre outros. Avanços na psicologia, na física, na biologia e na astronomia estão levando a humanidade a ampliar sobremaneira sua percepção acerca do universo. Cada vez mais se aceita a tese de que não estamos sós. Governos estão investindo milhões em prospecção de vida em outras partes do cosmo e em mecanismos que permitam a comunicação com possíveis civilizações alienígenas.
Num contexto de ampliação de nossa consciência sobre o que somos e como nos relacionamos com a natureza, seremos levados a um patamar que nos permita entender definitivamente que fazemos parte de um todo muito mais amplo do que nossa dimensão individual, que estamos intimamente interligados e que somos afetados, em maior ou menor escala, por tudo o que acontece em qualquer parte do universo. Os “crop circles” podem ser uma mensagem para nós, que utiliza a geometria complexa como interface de comunicação, como uma linguagem inteligente para que possamos decifrar seu conteúdo. Não importa, por ora, quem é o emissor de tal mensagem, o qual um dia conheceremos. No momento o que importa é o conteúdo. Nos círculos nas plantações pode haver um alerta de como estamos lidando com nosso planeta, sobre quais as consequências de nossas opções individualistas e da nossa relação de desconexão com a vida, com o cosmo, e com os níveis superiores de consciência. Se estivermos receptivos ao aprendizado e abertos a aprender com todas as formas de inteligência, poderemos modificar rumos e reverter problemas causados pelos nossos erros e pela nossa ignorância. Existem forças no universo que se dispõem a nos ensinar. Basta prestar atenção a elas.

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